sábado, 22 de maio de 2021

Potência e Equação Exponencial

 

Agostinho tem um antigo smartphone que possui as seguintes especificações: 



Observe que algumas informações, como capacidade de armazenamento interno e memória RAM são dadas por uma unidade padrão de medida, denominada baite (B). Uma medida é dada em megabaite (MB) e outras gigabaite em (GB). Porém ainda é possível existe o quilobaite (kB). O que isso corresponde?

Temos aí os múltiplos do baite, que correspondem:

1 kB = 1.024 B = 210 B.

Usualmente, essas medidas são dadas na forma de potência de base 2.

 

E

1 MB = 1.024 kB = 1.024 x 1.024 B = 1.048.576 B,

que em linguagem de potência corresponde a:

1MB = 210 kB = 210 ∙ 210 B =  220 B.




A potenciação indica multiplicações de fatores iguais. Por exemplo, o produto 

4 x 4 x 4 

pode ser indicado na forma 

43.

Com 4 na base da potência e 3 como expoente da potência. 


Veja mais exemplos:

23 = 2 x 2 x 2 = 8.

(–3)2 = (–3) x (–3) = 9.

(–5)3 = (–5) x (–5) x (–5) = –125.


Potências são extremamente convenientes para representar números muito grandes ou muito pequenos, como por exemplo 
210 ou 220.





Agora, vejamos os tipos de potenciação e suas propriedades. Lembramos novamente que a potenciação é uma multiplicação de fatores iguais.


TIPOS DE POTENCIAÇÃO

A seguir explicaremos vários tipos de potenciação:

1) Potência com expoente inteiro positivo:

4= 4. Com expoente 1 e base igual a um número real qualquer, o resultado é esse próprio número.

34 = 3 x 3 x 3 x 3 = 81.

(–2)3 = (–2) x (–2) x (–2) = –8.


2) Potência de uma fração

Seja o seguinte exemplo 

Pela definição de potência temos:

 

Seja b ≠ 0, e n número real então:

.

 

3) Potência com expoente nulo

Observe as sequências abaixo: 

64, 32, 16, 8, 4, 2, 1;

onde o número posterior é a metade do anterior. 

E

26, 25, 24, 23, 22, 21, 20;

são as potências dos números da primeira sequência, que seguindo a ideia de subtraindo 1 no expoente, o número 1 corresponde a 20. E isso ocorre em potências de qualquer base.

Logo, com expoente 0 e base igual a um número real diferente de zero, o resultado é 1.

De modo geral,

a0 = 1 para qualquer a ≠ 0.

Exemplos:

90 = 1.





4) Potência com expoente negativo

Continuemos observando o comportamento das sequências do item anteriores: 

Essas sequências sugerem que as potências sejam escritas como expoentes negativos. Vejamos:

26, 25, 24, 23, 22, 21, 20, 2–1, 2–2, 2–3, 2–4 , 2–5, 2–6

Logo, com expoente igual a um número inteiro negativo e base diferentes de zero, o resultado é o inverso elevado ao oposto desse expoente, ou seja:

.


De modo geral, temos:



Exemplos:





Treine, agora, com essas potências:




5) Potência com expoente fracionário

Podemos também aplicar as regras de potenciação, quando a potência é fracionária. Toda potência com expoente fracionário pode ser escrita em forma de radical e todo radical pode ser escrito na forma de potenciação com expoente fracionário. Por exemplo:



Atividades:

1) Calcule o valor das expressões abaixo:

a) 4–2 + 2–4

b) 5–2 x 102

c) 6–2 x 23 x 32 =

d) (–2)2 – 2 =


2) Sabemos que 1 gigabaite (GB) corresponde a 210 MB. Fotos de alta definição ocupa espaço de 16 MB cada uma. Admitindo-se que um HD SSD é capaz de armazenar 240 gigabaites. Qual o número de fotos, expresso em potência, é possível armazenar nesse HD?

(A) 15 x 210 fotos.

(B) 1510 fotos.

(C) 15 mil fotos.

(D) 2 x 1510 fotos.


Equação Exponencial

O uso da potência é muito importante em medidas muito grandes como também muito pequenas e é possível através dela observar fenômenos macroscópicos e fenômenos microscópicos, como crescimento de população de uma região e até mesmo população de uma cultura de bactérias, o expoente se tornará nesse momento o que é buscado é o quão grande ou quão pequeno é a variação do crescimento, e isso quem nos diz é o expoente de uma potência. Daí, dentro de um problema, o expoente torna-se a nossa incógnita. Por isso é possível falar em equação exponencial e função exponencial. Vejamos: 


Em um laboratório, foi realizado um estudo envolvendo as populações de dois microrganismos, A e B. Constatou-se que, após t horas do início do estudo, a quantidade de indivíduos da população do organismo A podia ser estimada pela função 

a(t) = 82t 

e a do microrganismo B, por 

b(t) = 42t + 2.

É possível estimar após quanto tempo do início desse estudo as populações desses dois microrganismos a mesma quantidade de indivíduos determinado valor de t para qual a(t) = b(t), ou seja, obteremos uma equação:

82t = 42t + 2.

Equações desse tipo, que apresentam incógnitas no expoente, são denominadas equações exponenciais. E devemos aprender a resolver esse tipo de equação.



O princípio de resolução de uma equação exponencial é o seguinte:
Numa igualdade de potências, se as bases são iguais, os expoentes também serão iguais.

De modo geral: 
Se am = an então m = n.

Exemplo:  Se 2x = 24 então x = 4.

Agora, façamos os seguintes exemplos, calculando o valor de x indicado:

a) 3x = 35

Como nesta igualdade, temos a mesma base, seguindo o princípio de resolução:
   x = 5

b) 2x = 2

Também nesta igualdade, temos a mesma base, seguindo o princípio de resolução:
   x = 1

c) 52x = 1

Numa potência quando o resultado é 1 é porque o expoente é 0, segundo as propriedades estudadas na aula anterior.
   Então o expoente 2x = 0 e daí x = 0.

d) 43x – 5 = 4x – 1

Como nesta igualdade, temos a mesma base, seguindo o princípio de resolução, temos que 
3x – 5 = x – 1.
 
  Então, resolvendo a equação:
3x – 5 = x – 1
3x – x = – 1 + 5
2x = 4
x = 4/2
x = 2
    Logo nessa equação x = 2.

e) 3x = 27

Para utilizar o princípio de resolução, temos que verificar qual deve ser o expoente com a base 3 que gera resultado da potência 27. 
Para isso, multiplica a base 3 por ela mesma tantas vezes até chegar ao resultado 27. 
Fazendo isso, vemos que 3 x 3 x 3 = 27, logo multiplicamos a base 3 por ela mesma 3 vezes, então o expoente da potência é 3, pois de fato 33 = 27.
   Logo, nessa equação  x = 3.


f) 2x – 1 = 32

Para utilizar o princípio de resolução, temos que verificar qual deve ser o expoente com a base 2 que gera resultado da potência 32. 
Para isso, multiplica a base 2 por ela mesma tantas vezes até chegar ao resultado 32. 
Fazendo isso, vemos que 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32, logo multiplicamos a base 2 por ela mesma 5 vezes, então o expoente da potência é 5, pois de fato 25 = 32.

Substituindo, na equação inicial temos:
2x – 1 25

Igualando os expoentes e resolvendo a equação, temos:
x – 1 = 5
x = 5 + 1
x = 6
  
Logo, nessa equação  x = 6.


g) 33x = 1/9

Numa potência quando o resultado é uma fração, é porque o expoente é negativo, segundo as propriedades estudadas na aula anterior: multiplica-se a base 3 por ela mesma tantas vezes até chegar ao resultado contido no denominador da fração. 
Fazendo isso, vemos que 3 x 3 = 9, logo multiplicamos a base por ela mesma 2 vezes, então o expoente será 2, porém negativo, por 3—2 = 1/9.
   Logo, nessa equação x = –2.


















Calcule o valor de x em cada equação!














Exemplo de Função Exponencial

Certa espécie de eucalipto utilizado na produção de papel atinge o ponto de corte ideal com 32 metros de altura. Admite-se que essa espécie de eucalipto, do plantio ao corte, tem crescimento exponencial modelado pela função:

 h(t) = 2t – 3,

onde h(t) corresponde à altura da planta (em metros), t ao tempo após o plantio (em anos). Qual o tempo necessário para que essa planta atinja seu ponto de corte ideal?





terça-feira, 11 de maio de 2021

Parábola e Gráfico de Função Quadrática

 


 

Assim, como foi possível construir um gráfico que representasse a função afim, através de uma reta, também será possível construir um gráfico que representa a função quadrática e estudar suas características e propriedades.

 

Através de uma tabela de valores para x, construamos um gráfico para a função f(x) = x2 – 6x + 5:

x

f(x) = x2 – 6x + 5

0

f(0) = 02 – 6∙0 + 5= 0 – 0 + 5 = 5

1

f(1) = 12 – 6∙1 + 5= 1 – 6 + 5 = 0

2

f(2) = 22 – 6∙2 + 5= 4 – 12 + 5 = –3

3

f(3) = 32 – 6∙3 + 5= 9 – 18 + 5 = –4

4

f(4) = 42 – 6∙4 + 5= 16 – 24 + 5 = –3

5

f(5) = 52 – 6∙5 + 5= 25 – 30 + 5 = 0

6

f(6) = 62 – 6∙6 + 5= 36 – 36 + 5 = 5

Marcando os pontos no plano cartesiano, e sabendo que y = f(x), temos:

(0, 5)

(1, 0)

(2, –3)

(3, –4)

(4, –3)

(5, 0)

(6, 5)

 

 

Unindo esses pontos, considerando, esse domínio real no intervalo [0, 6], observe como fica o gráfico que representa a função dada.

 

Essa figura gerada é denominada parábola.

 

Vejamos outro exemplo para assim construirmos alguma ideia sobre essa representatividade, agora construamos o gráfico da função g(x) = –x2 + 6x. No gráfico y = g(x).

x

g(x) = –x2 + 6x

(x, y)

0

f(0) = –02 + 6∙0 = 0 + 0 = 0

(0, 0)

1

f(1) = –12 + 6∙1 = –1 + 6 = 5

(1, 5)

2

f(2) = –22 + 6∙2 = –4 + 12 = 8

(2, 8)

3

f(3) = –32 + 6∙3 = –9 + 18 = 9

(3, 9)

4

f(4) = –42 + 6∙4 = –16 + 24 = 8

(4, 8)

5

f(5) = –52 + 6∙5 = –25 + 30 = 5

(5, 5)

6

f(6) = –62 + 6∙6 = –36 + 36 = 0

(6, 0)

Marcando e unindo os pontos, temos o gráfico, no domínio real de intervalo [0, 6]:

 

Novamente, o gráfico essa função quadrática foi uma parábola. De fato, toda função quadrática é representada graficamente por uma parábola.

 

É bom lembrar que esses desenhos são partes do gráfico dessas funções. Para valores maiores ou menores que os extremos dos intervalos indicados, os valores de y podem ser calculados e representados no gráfico. Portanto o gráfico continuará infinitamente para cima ou para baixo, desde que o domínio indicado seja .

 

 

Porém, nem sempre que quisermos representar graficamente uma função quadrática será preciso recorrer a valores de tabelas e construir. O que nos interessa mesmo são os pontos notáveis que possibilitam essa representação, sem ter que necessariamente recorrer à construção de tabelas. Vejamos esses pontos notáveis e suas características.

 

Mas, antes de conhecermos esses pontos, vejamos um fato, a partir dos dois gráficos construídos nos exemplos anteriores. Observe que uma das parábolas segue infinitamente para baixo e a outra infinitamente para cima, essa abertura aparente na parábola que se abre infinitamente é chamada de concavidade.

A parábola possui concavidade voltada para cima ou para baixo, dependendo da lei da função que ela representa:

f(x) = x2 – 6x + 5 possui concavidade voltada para cima e

g(x) = –x2 + 6x possui concavidade para baixo.

 

Os exemplos resolvidos sugerem a sua generalização, numa função da forma f(x) = ax2 + bx + c, com a 0, possui concavidade voltada:

a)      Para cima, se a > 0;

b)      Para baixo, se a < 0.

 

Observe que parábolas cortam o eixo x exatamente quando a y = f(x) = 0, portanto esses valores de x serão os zeros da função quadrática, que serão as raízes da equação de segundo grau formada, por exemplo:

Os zeros da função f(x) são as raízes da equação:

x2 – 6x + 5 = 0.

Os zeros da função g(x) são as raízes da equação:

–x2 + 6x = 0

 

Resolvam as equações e confiram no gráfico.

 

Depois do exposto vejamos o ponto mais importante da parábola que é o vértice.

 

O vértice de um parábola é o ponto da parábola onde ela muda o seu caminho de crescimento para decrescimento, ou vice-versa, observe que a função f(x) é decrescente até um certo ponto e passa a ser crescente a partir desse ponto, bem como a g(x) passa de crescente até decrescente a partir de um certo ponto, esse é o ponto de inflexão de um parábola, exatamente no vértice.

 

Como o vértice é um ponto ele possui uma coordenada, possui um valor abscissa denotado xv e um valor de ordenada denotado yv; assim é vértice é denotado V (xv, yv).

 

Observe as funções f(x) e a g(x), os seus vértices estão exatamente numa região simétrica ás suas raízes, formando um eixo de simetria entre essas raízes. Daí, conhecidas as raízes de uma função quadrática, podemos calcular o valor de xv, fazendo a média dos valores das raízes:

a) As raízes da função f(x) são x1 = 1 e x2 = 5, então teremos:

xv =  =  = 3.

b) As raízes da função g(x) são x1 = 0 e x2 = 6, então teremos:

xv =  =  = 3.

 

Desse modo, descobrimos o valor das abscissas das duas funções do nosso exemplo, confirmamos isso nos gráficos apresentados. Para descobrirmos a ordenada dos pontos basta substituirmos os valores de xv na função:

a) yv =  f(xv) =  32 – 63 + 5 = 9 – 18 + 5 = –4.

b) yv =  g(xv) =  32 + 63 = –9 + 18 = 9.

 

Portanto, os vértices serão:

a) da função f(x): V (3, –4).

b) da função g(x): V(3, 9).

 

Por fim, podemos notar que a parábola cruza o eixo y num ponto onde a abscissa é 0, x = 0 e esse ponto é sempre (0, c).

Assim, o gráfico da função:

a) f(x) = x2 – 6x + 5 cruza o eixo y em (0, 5).

b) g(x) = –x2 + 6x cruza o eixo x em (0, 0).

 

Como exemplo, vamos esboçar o gráfico da função:

h(x) = x2 – 2x – 3,

sem fazer a tabela:

1º) A parábola terá concavidade voltada para cima, pois a = 1 > 0.

2º) Os zeros da função, onde a parábola cruzará o eixo x serão as raízes da equação:

x2 – 2x – 3 = 0

 

x1 = (2 + 4) / 2 = 6 / 3 = 3

 

x2 = (2 – 4) / 2 = –2  / 2 = –1.

 

3º) O vértice da parábola será, calculando xv e yv:

 

xv =  =  = 1.

 

yv =  h(xv) =  12  21 – 3 = 1 2 – 3= –4.

 

V (1, –4).

 

4º) A cruzará o eixo y no ponto (0, –3).

 

5º) Marcando os pontos notáveis e unindo-os, esbocemos o gráfico:

 

 

Como outro exemplo, esbocemos o gráfico da função

k(x) = ­–x2 + 2x + 3.

1º) A parábola terá concavidade voltada para baixo, pois a = ­–1 < 0.

2º) Os zeros da função, onde a parábola cruzará o eixo x serão as raízes da equação:

–x2 + 2x + 3 = 0

x2 – 2x – 3 = 0

 

x1 = (2 + 4) / 2 = 6 / 3 = 3

 

x2 = (2 – 4) / 2 = –2  / 2 = –1.

 

3º) O vértice da parábola será, calculando xv e yv:

 

xv =  =  = 1.

 

yv =  k(xv) =  12 +  21 + 3 = 1 + 2 + 3= 4.

 

V (1, 4).

 

4º) A cruzará o eixo y no ponto (0, –3).

 

5º) Marcando os pontos notáveis e unindo-os, esbocemos o gráfico:

 

Atividades:

1) Esboce o gráfico das funções:

a) f(x) = x2 – 6x + 8

b) g(x) = x2 – 4x + 3

c) h(x) =    + 8x – 32

d) k(x) = x² + 8x

e) y = –x2 + 9

 

2) A concavidade da parábola dada por

y = (–m + 1)x2 + nx + p está voltada para cima se, e somente se:

(A)    m >  – 1 

(B)    m <  1

(C)    n >  0

(D)   p > 0

 

3) Determine as coordenadas (xv, yv) do vértice da função y = 2x2 + 8x – 6:

(A) (2, 6).

(B) (6, 6).

(C) (1, 4).

(D) (2, 2).

(E) (4, 6).

 

4) O vértice da função quadrática do g(x) = 2x2 – 4x + 6, é:

(A) (1, 4).

(B) (1, 4).

(C) (1, 4).

(D) (1, 4).

(E) (0, 0).

 

5) Uma função quadrática do tipo f(x) = x2 – 2x + 2, intercepta o eixo y em qual ponto?

(A) (0, 2).

(B) (0, 2).

(C) (–2, 0).

(D) (2, 0).

 

6) Sobre a função f(x) = –x2 – 4x + 6, é correto afirmar:

(A) Possui concavidade voltada para cima.

(B) Intercepta o eixo x em um único ponto.

(C) Não intercepta o eixo x.

(D) é uma reta.

(E) Intercepta o eixo x em dois pontos.

 

7) Dada a função real f dada por f(x) = –x2 + 4x + 5, o gráfico da mesma está representado abaixo:

As coordenadas corretas dos pontos do gráfico são:

(A) C (0, 5); A (–1, 0); B (5, 0); V (3, 9).

(B) C (0, 4); A (0, –1); B (0, 5); V (2,9).

(C) C (0, 5); A (0, –1) ; B (0,5); V (9,2).

(D) C (0, 5); A (–1, 0); B (4, 0); V (3,4).

(E) C (0, 5); A (–1,0); B (5, 0); V (2,9).

 

8) Observe o gráfico da função f(x) = 2x2 – 4x + 1.

Indique a única afirmativa FALSA:

 

9) A função abaixo que é sempre positiva é:

a) y =  x2 – 3

b) y = – x2 + 1

c) y = x2 + 3x

d) y = x2 +

 

10) Ao analisar o gráfico abaixo da função quadrática f, a afirmativa falsa é:

(A) A coordenada do vértice da parábola é (2, –4).

(B) As raízes da função são 0 e 2.

(C) A função representada é dada pela lei f(x) = x2 – 4x.

(D) f(–2) = –5.

 

11) Sabendo que o vértice da parábola dada por

y = x2 – 4x + 3 é o ponto (2, -1), o conjunto imagem dessa função é:

a) R

b) {y ϵ R/y -1}

c) {x ϵ R/x -1}

d) ]- , -1[

 

12) Um carro percorre uma trajetória retilínea descrevendo um movimento cuja lei da posição s (em metros) em função do tempo t (em segundo) é s(t) = 4t – 2t2. O carro para e altera o sentido do movimento no instante:

a) 5 segundos

b) 30 minutos

c) 1 hora

d) 1 segundo

 

13) Considerando a função dada por y = x2 – x + 8, classifique cada sentença em verdadeira ou falsa.

a) A função é negativa para todo x real.

b) A função tem dois zeros reais distintos.

c) A função é positiva para todo x real.

d) A função tem zero real duplo.

e) A função não tem zeros reais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aplicação da Função Quadrática: Máximos e Mínimos

 

Toda função quadrática apresenta uma particularidade importante: possui sempre um valor máximo ou um valor mínimo (valores extremos da função). Geralmente, nas aplicações das funções quadráticas, a descoberta desse valor extremo é fundamental.

 

Podemos afirmar que, em uma função quadrática f(x) = ax2 + bx + c, de domínio  e coeficientes reais, ocorre o seguinte:

a) se a > 0, então

a parábola tem concavidade para cima;

o valor mínimo é dado pela ordenada do vértice, yv e o vértice V(xv, yv) é denominado ponto mínimo da parábola;

a imagem da função é Im(f) = [yv, +[ ou Im(f) = {y  / y  yv}.

 

b) se a < 0, então

a parábola tem concavidade para baixo;

o valor máximo é dado pela ordenada do vértice, yv e o vértice V(xv, yv) é denominado ponto máximo da parábola;

a imagem da função é Im(f) = ], yv] ou Im(f) = {y  / y  yv}.

 

É possível, generalizar uma fórmula de cálculo das coordenadas do vértice, sem necessariamente saber os zeros da função, assim facilitando o uso dos pontos extremos, vejamos:

Se na equação ax2 + bx + c = 0 existem raízes x1 e x2, a abscissa do vértice da parábola é o valor

xv =

 

De fato, representando por Δ (“delta”) o número b² – 4ac temos:

   =    =     =      = =      = .

 

Portanto, de modo geral:

xv = .

 

Do mesmo modo, a ordenada possui uma fórmula de generalização, dada pela substituição do valor de xv =  encontrado na função:

f(x) = ax2 + bx + c

 

yv = f(xv) = f  = a +  b  + c

 

yv = a  +   + c

 

yv =    +   + c

 

yv =    +   +

 

yv =    =

 

yv = .

 

Portanto, de modo geral:

yv = .

 

Considere a função g(x) = x2 – 6x + 7. Determinar o ponto extremo dessa função e o valor extremo.

Sabemos que ela tem concavidade voltada para cima, pois a = 1. Portanto ela admite ponto mínimo, e a abscissa desse ponto é dada:

xv =  =  =  = 3.

 

E sua ordenada é:

yv = 32 – 6∙3 + 7 = 9 – 18 + 7 = –2.

 

Logo, o ponto mínimo é V(3, –2) e o valor mínimo da função é –2.

E podemos esboçar o gráfico da função com esse ponto mínimo:

 

 

Problemas de máximos estão presentes em quase todas as atividades do mundo moderno. Por exemplo, você pode imaginar como um carteiro distribui a correspondência? Qual seria seu itinerário para que o tempo de distribuição fosse o menor possível?

Uma variação desse problema é o trajeto do ônibus escolar. Ele deve passar na casa de cada criança para levá-las à escola. Conhecendo os endereços, é preciso planejar o percurso para fazer o serviço no menor tempo possível.

Em qualquer empresa, grande ou pequena, ouvimos falar em encontrar a receita máxima, reduzir o desperdício ao mínimo entre outras coisas.

Na prática, os problemas de máximos e máximos são, frequentemente, complexos porque envolvem muitas variáveis. Entretanto, existem também aqueles que se resolvem por uma simples função quadrática. Vejamos alguns exemplos de problemas:

 

Exemplo 1:

Os técnicos de uma fábrica de automóveis fizeram diversos testes com um de seus carros populares para examinar o consumo de gasolina. O carro percorria 100 km em uma estrada plana, com velocidade constante. O percurso foi feito muitas vezes e, a cada vez, usou-se uma velocidade diferente. No final de cada viagem, os técnicos verificaram a quantidade de combustível gasta e observaram que o consumo não se mantinha o mesmo, pois era função da velocidade.

A conclusão foi a seguinte: para velocidade entre 40 e 120 km/h, o consumo desse carro é dado por:

y = 0,005 x² – 0,6 x + 26

onde x é a velocidade em quilômetros por hora e y é o número de litros de gasolina gastos para percorrer 100 km.

Em que velocidade devemos andar com esse carro, para gastar o mínimo de combustível?

Solução:

A função que os técnicos encontraram é do tipo y = ax²+ bx + c.

Como o coeficiente a é positivo, sabemos que existe um valor mínimo dessa função. Seu gráfico È uma parábola com a concavidade voltada para cima:

O ponto mais baixo do gráfico é o vértice (V) da parábola e o número xv  é a velocidade que faz com que o consumo seja o menor possível. Calculando a abscissa do vértice da parábola, temos:

xv =  =  =  = 60.

 

Logo, a velocidade que do mínimo consumo é de 60 km/h para gastar a menor quantidade possível de gasolina.

Se, entretanto, desejarmos saber qual o gasto mínimo de combustível para percorrer os 100 km, basta substituir o x da função por 60. Teremos então:

y = 0,00560² – 0,6 60 + 26

y = 18 – 36 + 26

y = 8

 

Portanto, andando a 60 km/h, gastaremos apenas 8 litros de gasolina para percorrer os 100 km.

 

Este é um problema interessante. Muita gente acha que andar bem devagar economiza combustível. Não é verdade! É certo que andar muito rápido faz com que o consumo seja alto, mas cada carro possui uma velocidade em que o consumo é o menor possível.

 

Exemplo 2:

Com 80 metros um fazendeiro deseja circundar uma área retangular junto a um rio para confinar alguns animais.

Quais devem ser as medidas do retângulo, para que a área cercada seja a maior possível?

Solução:

Construindo uma expressão que possibilite o cálculo das medidas possíveis do retângulo que representa a cerca, e utilizando x e y como dimensões possíveis para esse retângulo, temos:

Cerca: 2x + y = 80

Área: A = x ∙ y

 

Isolando y, temos:

y = 80 – 2x.

Substituindo em A, temos:

A = x ∙ (80 – 2x).

Desenvolvendo a expressão:

A = 80x – 2x2.

 

Estamos diante de uma função quadrática, que relaciona o lado x do retângulo com área A. Pelo valor de a = –2, já sabemos que essa função admite ponto máximo e o ponto mais alto do gráfico é o vértice V da parábola; sua abscissa xv é o valor do lado do retângulo que faz com que sua área seja máxima. Calculamos, então, essa abscissa da mesma forma que no problema anterior:

xv =  =  =  = 20.

Portanto, se fizermos a largura do retângulo igual a 20 m, teremos a certeza de que área cercada será maior possível. Veja como ele ficou:

A = 80∙20 – 2∙202

A = 1.600 – 2∙400

A = 1.600 – 800

A = 800.

 

A área, neste caso, será de 20 x 40 = 800 m².

 

 

Atividades:

1) Determine o ponto extremo e o valor extremo das seguintes funções:

a) f(x) = 2x2 – 8x.

b) y = x2 – 6x + 13.

c) g(x) = –2x2 + 3x – 8.

d) h(x) = –x2 + 3x + 5.

e) y = –3x2 + 12x + 5.

 

2) Usando a função do Exemplo 1 do consumo de combustível e calcule o que se pede abaixo:

y = 0,005 x² – 0,6 x + 26

a) O consumo de combustível a 50 km/h;

b) O consumo de combustível a 90 km/h;

c) Em que velocidade, maior que 60 km/h, o carro andou se gastou 10 litros para percorrer os 100 km?

 

3) A diferença de dois números é igual a 12. Determine esses números sabendo que o produto deles é o menor possível.

 

4) O perímetro de um retângulo é igual a 36. Calcule as medidas dos lados desse retângulo para que a sua área seja máxima.

 

5) Um carpinteiro vai construir um galinheiro retangular. Ele vai usar 12 m de tela, para um dos lados, pretende aproveitar uma parede já existente, conforme o desenho. Expresse a área desse galinheiro em função da medida de um dos lados (x, na figura). A seguir, descubra quais são as medidas dos lados desse retângulo para que a área seja máxima.

 

6) Um fazendeiro comprou tijolos suficientes para fazer uma parede de 400 m de comprimento. No entanto, ele mudou de ideia. Utilizando esses tijolos, pretende, agora, construir um galpão retangular.

a) Ache a área A desse galpão em função do comprimento x de uma das suas paredes (em metros).

b) Determine o valor de x para que a área seja máxima.

 

7) Um arquiteto iniciou a planta de uma casa desenhando um retângulo que representa o terreno. O perímetro do retângulo é 100 cm. Como cada centímetro do desenho equivale a 1 metro, então a área máxima do terreno é:

(A) 625 m2

(B) 100 m2

(C) 50 m2

(D) 25 m2

 

8) Uma galeria vai organizar uma exposição de pintura e fez as seguintes exigências:

1º) A área de cada quadro deve ser, no mínimo, de 3.200 cm2.

2º) Os quadros precisam ser retangulares e a altura de cada um deve ter 40 cm a mais que a largura.

Dentro dessas condições, em que intervalo de números reais devem estar as larguras dos quadros?

 

9) A soma dos catetos de um triângulo retângulo é igual a 16 e a área desse triângulo é máxima. Determine desse triângulo:

a) os catetos;     b) a área;     c) a hipotenusa.

 

10) Considerem um triângulo retângulo qualquer com catetos de medidas b e h. Quais são as dimensões do retângulo de maior área inscrito nesse triângulo?

 

6) Um triângulo tem (x – 3) m de base e (2x + 6) m de altura. Determine os valores reais de x (em metros) para os quais a área desse triângulo é seja mínima.

 

7) Desejamos construir um edifício de base retangular no interior de um terreno triangular, como mostra a figura:

Determine as medidas do retângulo de maior área possível que caiba dentro de um triângulo retângulo de catetos 30 m e 40 m.

 

8) Num terreno, na forma de um triângulo retângulo com catetos de medidas 20 e 30 metros, deseja-se construir uma casa retangular de dimensões x e y, como na figura.

a) Exprima y em função de x.

b) Para que valores de x e de y a área ocupada pela casa será máxima?

 

9) Em um triângulo qualquer, há um retângulo inscrito. Determinem as medidas dos lados do retângulo inscrito de maior área.

 

10) Se o triângulo for retângulo isósceles, com catetos de medida l, quais são as medidas dos lados do retângulo inscrito de maior área?

 

11) Um corpo é lançado obliquamente, a partir da superfície da Terra, com velocidade inicial. Desse modo, descreve uma trajetória parabólica, que representa a função

y = x – 0,1x2

(x e y em metros).

a) Calcule a altura máxima atingida por esse corpo.

b) Obtenha o alcance desse corpo, ou seja, a distância horizontal que o corpo percorre até encontrar novamente o solo.

 

12) Em uma partida de futebol, a cobrança de uma falta lança a bola em uma trajetória tal, que a altura h, em metros, varia com o tempo t, em segundos, de acordo com a fórmula

h(t) = –t2 + 10t.

Em que instante a bola atinge a altura máxima? De quantos metros é essa altura?

 

13) Um objeto, lançado obliquamente a partir do solo, alcança uma altura h (em metros) que varia em função do tempo t (em segundos) de acordo com a fórmula

h(t) = –t2 + 20t.

a) Em que instante o objeto atinge a altura máxima? De quantos metros é essa altura?

b) Em que instante ele atinge o solo novamente?

 

14) (UERJ−2005) Numa operação de salvamento marítimo, foi lançado um foguete sinalizador que permaneceu aceso  durante toda sua trajetória. Considere que a altura h, em metros, alcançada por este foguete, em relação ao nível do mar, é descrita por

h = 10 + 5t − t2,

em que t é o tempo, em segundos, após seu lançamento. A luz emitida pelo foguete é útil apenas a partir de 14 m acima do nível do mar. O intervalo de tempo, em segundos, no qual o foguete emite luz útil é igual a:

(A) 3.

(B) 4.

(C) 5.

               (D) 6.

 

15) Em uma apresentação aérea de acrobacias, um avião a jato descreve um arco no formato de uma parábola de acordo com a seguinte função y = –x² + 60x. Determine a altura máxima atingida pelo avião.

 

16) Um jogador de vôlei fez um saque em que a bola foi lançada numa trajetória parabólica, e atingiu altura máxima bem acima da rede, como mostra a figura:

Considerando um sistema de coordenadas cartesianas ortogonal, de tal modo que o eixo das abscissas está no plano do chão e o eixo das ordenadas está no plano da rede, e os dois eixos estão no mesmo plano que a trajetória da bola, a equação da parábola descrita na figura é

y = –  x2 + 10,

com x e y em metros.

Ao aproximar-se 5 m da rede, esse mesmo jogador fez outro saque em que a trajetória parabólica da bola também atingiu altura máxima bem acima da rede. Se, no segundo saque, a altura máxima da bola foi 50% maior que no primeiro, então a equação dessa nova parábola, no mesmo sistema cartesiano, é:

a) y = –  x2 + 15     b) y = –  x2 – 15    c)  y = –  x2 + 10

 

a)      y = x2 + 15       f) y = – x2 + 15

 

17) A temperatura T de um forno (em graus centígrados) é reduzida por um sistema a partir do instante de seu desligamento (t = 0) e varia de acordo com a expressão 

T(t) = –   + 400,

com t em minutos. Por motivos de segurança, a trava do forno só é liberada para abertura quando o forno atinge a temperatura de 39°C.

Qual o tempo mínimo de espera, em minutos, após se desligar o forno, para que a porta possa ser aberta?

a) 19,0 b) 19,8 c) 20,0 d) 38,0 e) 39,0

 

18) Os fisiologistas afirmam que, para um indivíduo sadio e em repouso, o número N de batimentos cardíacos por minuto varia em função da temperatura ambiente T (em graus Celsius), segundo a função

N(T) = 0,1T2 – 4T + 90.

Nessas condições, em qual temperatura o número de batimentos cardíacos por minuto é mínimo? Qual é esse número?

 

19) Num experimento, a temperatura T de uma substância, em graus Celsius, é dada por T= 0,1t² 0,7t  + 1, sendo t o tempo transcorrido, em segundos, após o início do experimento. Determinar o intervalo de tempo em que a temperatura é decrescente.

 

20) O lucro de uma empresa é dado pela lei

L(x) = – x2 + 8x – 7,

em que x é a quantidade vendida (em milhares de unidades) e L é o lucro (em milhares de reais).

a) Determine os valores de x para os quais o lucro é positivo.

b) Calcule a quantidade que se deve vender para obter lucro máximo.

c) Determine o lucro máximo.

 

21) O lucro de uma empresa é dado por

L(x) = 100 ∙ (10 – x)(x – 2),

onde x é quantidade vendida e L é o lucro, em reais. Qual o número de unidades que essa empresa deve vender para obter lucro máximo?

 

22) (IFMG 2013). O gerente de um estabelecimento comercial observou que o lucro (L) de sua loja dependia da quantidade de clientes (c) que frequentavam o mesmo diariamente. Um matemático analisando a situação estabeleceu a seguinte função:

L(c) = – c² + 60c – 500.

Qual seria o número de clientes necessário para que o gerente obtivesse o lucro máximo em seu estabelecimento?

 

23) (EsPCex 2013). Uma indústria produz mensalmente x lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x) = 3x² – 12x e o custo mensal da produção é dado por C(x) = 5x² – 40x – 40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o valor resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa indústria deve vender para obter lucro máximo é igual a:

(A) 4 lotes.

(B) 5 lotes.

(C) 6 lotes.

(D) 7 lotes.

(E) 8 lotes.

 

24) O custo de fabricação de um determinado produto é dado por C(x) = 3x2 – 19x + 21. Se a receita obtida com a venda de x unidades é dada por R(x) = 2x2 + x, para que o lucro L(x) = R(x) – C(x) seja máximo, devem ser vendidas:

(A) 20 unidades.

(B) 16 unidades.

(C) 10 unidades.

(D) 8 unidades.

(E) 4 unidades.

 

25) Uma fábrica produz blusas a um custo de R$ 2,00 por unidade, além de uma parte fixa de R$ 500,00. Se cada unidade produzida é comercializada a R$ 2,50, a partir de quantas unidades produzidas a fábrica obtém lucro?

 

 

 

26) De todos os retângulos de perímetro igual a 40 cm, determine o de área maior.