segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Mulheres na Ciência

Mulheres na Ciência


Antiguidade


A atuação feminina na medicina foi registrada em diversas civilizações antigas. O registro mais antigo de uma mulher cientista na história da ciência é o de Merit Ptah (2.700 a.C.), no Antigo Egito, a qual era considerada "médica chefe", muito antes da conhecida Peseshet. Outras médicas conhecidas são Agamede, citada por Homero como uma curandeira na Grécia Antiga antes da Guerra de Troia (1194–1184 a.C.), e Agnodice, a primeira mulher médica a exercer legalmente essa profissão em Atenas no século IV a.C.


Hipátia de Alexandria (370-415) - filha de Teão de Alexandria, acadêmico e diretor da Biblioteca de Alexandria- foi uma professora reconhecida de astronomia, filosofia e matemática na Escola Neoplatônica.


 Ela é conhecida como a primeira mulher matemática na história por causa de suas grandes contribuições para essa ciência. Credita-se a Hipátia a escrita de três importantes tratados sobre geometriaálgebraastronomia, bem como a invenção de um hidrômetro, de um astrolábio e um instrumento para destilar água.Há evidências de que Hipátia deu palestras públicas e pode ter exercido algum tipo de cargo público em Alexandria.



Idade Média


 Hildegard de Bingen (1098-1179), uma famosa filósofa e botânica, conhecida por seus prolíficos escritos em diversas áreas como medicina, botânica e história natural (1151-1158). Algumas de suas obras conhecidas são o Livro dos Méritos da Vida, o Livro dos Trabalhos Divinos e Medicina. Hildegard é também conhecida como exímia compositora, além de ter cunhado muito das ideias de gravitação universal, séculos antes de Newton.


No início do século XI, surgiram as primeiras universidades. As mulheres foram, na maior parte, excluídas da educação universitária. No entanto, houve algumas exceções. A Universidade italiana de Bolonha, por exemplo, permitiu que mulheres participassem de palestras desde seu início, em 1088.


Na Itália, a atitude em relação à educação das mulheres na área da medicina parece ter sido mais liberal do que em outros lugares. A médica Trotula di Ruggiero supostamente ocupou uma cadeira na Faculdade de Medicina de Salerno, onde ministrou aulas a muitas mulheres da nobreza italiana, um seleto grupo por vezes referido como "as senhoras de Salerno". Inúmeros textos influentes sobre medicina da mulher, sobre obstetrícia e ginecologia, entre outros tópicos, também são creditados a Trotula.
(Dorotea Bucca)

Dorotea Bucca, outra distinta médica italiana, ocupou uma cadeira em medicina por mais de 40 anos desde 1390. Outras italianas, cujas contribuições em medicina foram gravadas na história, incluem AbellaJacobina FélicieAlessandra GilianiRebecca de GuarnaMargaritaMercuriade (século XIV), Constance CalendaCalrice di Durisio(século XV), ConstanzaMaria Incarnata e Thomasia de Mattio.

Revolução Científica (séculos XVI e XVII)


Um dos fundadores da botânica moderna e da zoologia, a alemã Maria Sibylla Merian (1647-1717), passou sua vida investigando a natureza. Aos treze anos de idade, Sibylla começou a criar lagartas e a estudar sua metamorfose em borboletas. Ela possuía um "Livro de Estudo" em que registrava suas pesquisas sobre a filosofia natural. Em sua primeira publicação, O Novo Livro das Flores, ela usou imagens para catalogar as vidas de plantas e insetos. Após a morte de seu marido, e seu breve período vivido em Siewert, Sibylla e sua filha viajaram para Paramaribo durante dois anos para observar insetos, pássaros, répteis e anfíbios.[21] Ela então retornou a Amsterdã e publicou A metamorfose dos Insetos do Suriname, obra que "revelou aos europeus pela primeira vez a diversidade surpreendente da floresta tropical." Ela foi uma botânica e entomóloga conhecida por suas Ilustrações de plantas e insetos. Pouco comum para a época, ela viajou para a América do Sul, onde, com a ajuda das filhas, ilustrou a vida vegetal e animal dessa região.
"Na minha juventude, passei meu tempo a investigar insetos. No início, comecei com bicho da seda na minha cidade natal, Frankfurt. Percebi que lagartas produziam lindas borboletas ou mariposas, os bichos da seda faziam a mesma coisa. Isso levou-me a recolher todas as lagartas que eu pudesse encontrar, para ver como elas mudavam."



Em geral, a Revolução Científica pouco fez para mudar a ideia vigente sobre a natureza das mulheres - mais especificamente, a sua capacidade de contribuir para a ciência tanto quanto os homens. Segundo Jackson Spielvogel, "os cientistas do sexo masculino usaram a nova ciência para propagar a visão de que as mulheres eram por natureza inferiores e subordinadas aos homens e adequadas a desempenhar um papel doméstico como mães. A distribuição generalizada de livros assegurou a continuação dessas ideias ".

Século XVIII


Caroline Herschel (1750-1848)

Irmã do astrônomo Willliam Herschel, Caroline descobriu e calculou a órbita do cometa Herschel-Rigollet, com um período orbital estimado em 155 anos. Além deste, ela descobriu outros 4 cometas.

Laura Bassi (1711 - 1778)

Laura teve um papel central na disseminação das ideias de Newton - na física e filosofia natural - pelo sul da Europa, apresentando inúmeras dissertações sobre gravidade

Maria Gaetana Agnesi (1718 - 1799)


Foi a primeira mulher a escrever um manual de matemática e a primeira mulher nomeada como professora de matemática em uma universidade (embora nunca tenha ensinado). Em 1748, Maria escreveu um texto amplamente utilizado sobre análise finita e infinitesimal.

Émilie du Châtelet (1706-1749)



Amiga íntima de Voltaire e física de primeira classe por direito próprio, foi a primeira cientista a apreciar a importância da energia cinética, em oposição ao momento linear. Ela repetiu e descreveu a importância de um experimento originalmente concebido por Willem Gravesande mostrando que o impacto da queda de objetos é proporcional não à sua velocidade, mas à velocidade ao quadrado. Acredita-se que essa compreensão foi de profunda contribuição à mecânica newtoniana



Século XIX

A ciência ainda era considerada uma profissão amadora durante a primeira parte do século XIX. As contribuições de mulheres cientistas foram limitadas pela sua exclusão da educação científica mais formal, mas começaram a ser reconhecidas através de sua admissão nas sociedades eruditas nesse mesmo período.

Ada Lovelace (1815-1852)

Filha de Lorde Byron, Ada Lovelace é considerada uma pioneira nos estudos da computação. Como assim? Basicamente, ao escrever o primeiro algoritmo processado por uma máquina, ela também é vista como a primeira programadora da história.

Maria Mitchell (1818-1889)

Maria Mitchell foi a primeira mulher norte-americana a se tornar uma astrônoma profissional. Em 1847, ela descobriu um cometa chamado Miss Mitchell.

Annie Jump Cannon (1863-1941)

Outra importante astrônoma foi Annie Jump Cannon, que criou um sistema de classificação de estrelas por meio de seu espectro, além de compilar mas de 200 mil referências sobre esses astros.

 Marie Curie (1867-1934)

Provavelmente um dos nomes mais relevantes do universo científico, Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a única a ganha-lo em duas categorias, física e química. A cientista descobriu os elementos polônio e rádio, e seu trabalho ajudou na criação de máquinas de raio-x.

 Lise Meitner (1878-1968)

Quem também trabalhou com radioatividade e física nuclear foi Lisa Meitner, um dos membros-chave do grupo de pesquisadores que descobriu a fissão nuclear.

Irène Joliot-Curie (1897-1956)

Filha de Marie Curie, Irène ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1935 por descobrir a radioatividade artificial.
Outras cientistas de renome durante esse período incluem:




Século XX

Período das Guerras Mundiais e do Avanço Tecnológico.
Um expressivo número de mulheres começou a atuar na ciência em 1900, ajudado pelas faculdades de mulheres e por oportunidades em algumas das novas universidades. Os livros de Margaret Rossiter Mulheres Cientistas nos EUA: Lutas e Estratégias para 1940 e Mulheres Cientistas nos EUA: Antes da Ação Afirmativa de 1940-1972 fornecem uma visão geral desse período, enfatizando as oportunidades que as mulheres encontraram no trabalho de mulheres independentes na ciência.

Destaques Especiais:

Katherine Johnson

Dorothy Vaughan

Mary Jackson

Junto com suas colegas Dorothy Vaughan e Mary Jackson, a história de Katherine Johnson inspirou a história do filme “Estrelas Além do Tempo”, indicado a três Oscar.
Katherine trabalhou durante 33 anos na Nasa e quebrou várias barreiras impostas às mulheres negras dentro da agência espacial. Em seu primeiro cargo, o de computador humano (trabalho das pessoas que faziam os cálculos por trás de todas as invenções da NASA), ela questionou por que as mulheres não podiam participar das reuniões da agência.
Com o tempo, conseguiu um espaço na sala de reuniões e começou a se envolver em projetos maiores. Seu talento para matemática a promoveu para o cargo de líder de cálculos de trajetória e a incluiu em equipes de missões para Lua e Marte.
Segue abaixo links para pesquisa de muitas outras mulheres que se desenvolveram e desenvolvem nas Ciências até a atualidade:
https://super.abril.com.br/ciencia/15-mulheres-que-se-tornaram-grandes-cientistas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_ci%C3%AAncia
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/03/conheca-10-mulheres-que-mudaram-historia-da-ciencia-mundial.html
http://www.gobetago.com.br/2015/11/19/31-mulheres-que-fizeram-e-estao-fazendo-historia-na-ciencia/



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