Surgimento do Método Científico
A criação do método científico é atribuída a Descartes (1596-1650), mas tem suas raízes um pouco mais profundas em dois pensadores de nomes semelhantes: Roger e Francis Bacon.
Roger Bacon (1220-1292) foi um dos primeiros acadêmicos de Oxford e o primeiro a defender a experimentação como fonte de conhecimento. Junto com Duns Scotus e Guilherme de Ockham, Roger Bacon foi o responsável pelo que seria a base do empirismo, o pensamento de que a razão e o conhecimento não devem depender apenas da fé, mas também dos nossos sentidos, pois podemos aprender aquilo que tivermos experimentado. Com isso, eles separavam o caminho para o conhecimento em dois caminhos distintos: o conhecimento sobre Deus deveria continuar sendo a fé, porém o caminho do mundo terreno, substancialmente diverso do primeiro mundo místico e metafísico, deveria ser as experiências terrenas, as experiências dos sentidos. Estava derrubada a concepção medieval do mundo.
Das discussões desses três pensadores derivaram duas correntes
diferentes de pensamento o “construtivismo” e o “positivismo”.
(Francis Bacon)
(Francis Bacon)
Roger Bacon ou Rogério Bacon OFM, também conhecido como Doctor Mirabilis (Doutor Admirável em latim), foi um dos mais famosos frades de seu tempo. Ele foi um Padre e filósofo inglês que deu bastante ênfase ao empirismo e ao uso da matemática no estudo da natureza.
Estudou nas universidades de Oxford e Paris. Contribuiu em áreas importantes
como a Mecânica, a Filosofia,
a Geografia e
principalmente a Óptica.
Seus avanços nos estudos da Óptica possibilitaram
a invenção dos óculos. Era capaz de acender uma vela com uma lente e
seus estudos contribuíram para o desenvolvimento e a invenção de instrumentos
como o telescópio e o microscópio.
O Beato João Duns
Escoto, ou Scot ou Scotus O.F.M., nasceu em Maxton,
condado de Roxburgh na Escócia (ou Ulster)
em 1266,
viveu muitos anos em Paris, em cuja universidade lecionou,
e morreu em Colônia no ano de 1308. Membro da Ordem
Franciscana, filósofo e teólogo da
tradição escolástica, chamado o Doutor Sutil,
foi mentor de outro grande nome da filosofia medieval: William de
Ockham. Foi beatificado em 20 de Março de 1993, durante o pontificado do Papa João Paulo II.
Formado no
ambiente acadêmico da Universidade de Oxford. Foi bem
influenciado por Roger Bacon, quanto ao pensamento empírico.
Um dos grandes contributos de Scotus
para a história da filosofia, afirmam os historiadores, está no conceito
de hecceidade(haecceitas). Por esta teoria, valoriza a
experiência, e distancia a preocupação exclusivista da filosofia com as
essências universais e transcendentes.
Inaugurou, assim, o Pensamento sobre Fenômenos, mais tarde conhecidos
como fenômenos da natureza e fenômenos sociais.
Guilherme de Ockham, em inglês William
of Ockham (existem várias grafias para o nome deste franciscano nascido
em Ockham,
em 1285 e Munique,
9 de abril de 1347), foi um frade
franciscano, filósofo, logico e teólogo escolástico inglês, considerado como o
representante mais eminente da escola
nominalista, principal corrente oriunda do pensamento de Roscelino
de Compiègne (1050-1120).
Occam escreveu sua obra cognominada Ordinatio,
esta discorria que todo
conhecimento racional tem base na lógica, de acordo com os dados proporcionados
pelos sentidos.
Uma vez que
nós só conhecemos entidades palpáveis, concretas, os nossos conceitos não
passam de meios linguísticos para expressar uma ideia, portanto, precisam da
realidade física, para as comprovações.
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